quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

José Saramago

Memorial do Convento

Como já vos disse anteriormente é deveras complicado falar de certos artistas...

Por isso, deixo-vos aqui um breve vídeo sobre a sua pessoa e obra. Salienta-se aqui a publicação da obra que lhe trouxe, inicialmente o reconhecimento da sua carreira, o “O Memorial do Convento”, publicada a primeira vez em Novembro de 1982. Desta obra, fez-se uma ópera com o nome de “Blimunda”, o nome de uma personagem, estreada no teatro lírico de Milão em 1990. Para quem quiser saber mais sobre o assunto, deixo-vos aqui o saite do Instituto Camões com referência ao evento:

Jangada de Pedra

Outras obras importantes se seguiram, entre as quais, “A Jangada de Pedra”, ou o “Ensaio sobre a Cegueira”, passadas para o cinema. A primeira numa produção mais local, diríamos peninsular, já que é uma produção luso-espanhola sem grande eco a nível internacional – encontra-se na biblioteca da EOI de Almendralejo (ainda que se fale muito em Espanhol – a segunda, uma produção mais sonante com actores como Julianne Moore e Gabriel Garcia Bernal e realizado por um cineasta tão importante como Fernando Meirelles, responsável pelo “Jardineiro Fiel”.

Ensaio sobre a Cegueira


Para concluir, dizer-vos que, o melhor de uma autor é poder lê-lo... Cada um tem o seu estilo e cada leitor o seu gosto... Eu adorei o "Ensaio sobre a Cegueira" e outro que se chama "Todos os Nomes"... E vocês? O que têm a dizer?


39 comentários:

  1. Eu comprei "A Viagem do elefante" e não foi capaz de terminá-lo, era muito pessado de ler, mas depois de ver a entrevista penso que é um homen fantástico e acho vou dar mais uma oportunidade ao livro que seguro é maravilhoso.
    Tambén tenho curiosidade de ler "O evangelio segundo Jesucristo" porque com frases como a descrição do nascimento de Jesus deve ser uma joia.Rebeca Mendo

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    1. Olá Rebeca,
      Nem todos os livro de Saramago são assim tão "pesados". Alguns são muito fáceis de ler como "O Ensaio sobre a Cegueira", entre outros

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  2. Eu estive a ler há alguns anos "Ensaio sobre a Cegueira", é um livro, na minha opinião um bocadinho pessado e caótico, mas muito interessante por que acho que Saramago faz uma crítica, muito clara, ao nosso mundo globalizado, e os cegos somos todos, a sociedade...

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    1. Viste o filme Duncan? Ficou muito bem feito e transmite muito bem a ideia do livro. Aliás, foi realizado pelo BrasileiroFernando Meireles, mas acompanhado pelo próprio Saramago!

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  3. Eu também comprei "A viagem do elefante", mas ainda não li. Espero ter tempo livre em pouco tempo. Mas tenhos mais vontade de ler "O ensaio sobre a cegueira".
    Concordo com a ideia de Anónimo, na entrevista vi um homem fantástico!
    Cumprimentos

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  4. Eu li "ensaio sobre a cegueira". Na minha opinião é um bom livro, com uma visão da sociedade muito atual, onde deixamos ao lado coisas tão importantes como viver e desfrutar de tudo o que nos da a vida, por coisas materiais sem importância nenhuma.
    Tenho que dizer que não li mas nenhum livro de Saramago e depois das suas entrevista tenho vontade de ler alguma coisa mais. Foi um grande home que viveu a pobreza e isso faria dele uma pessoa mais bondoso, compassivo, humano e melhor pessoa. Para ele viver a vida foi tudo. SARAMAGO, volta e REVELA-TE.

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  5. Alexandre Rios Entenza

    O Saramago tem um estilo muito especial quando escreve. Para além dos bons argumentos dos seus romances, que costumam colocar as personagens em situações absurdas e estranhas, eu adoro aquelas longas reflexões e lúcidas dissertações que enchem páginas e páginas, sem pontos, como um pensamento que flui com naturalidade.

    Na entrada do blogue que tratava sobre Fernando Pessoa, referi que um dos meus livros preferidos de Saramago é "O ano da morte de Ricardo Reis". Adorei também o "Ensaio sobre a lucidez", aquele em que a malta vota massivamente em branco nas eleições.

    Depois de ficar a conhecer os problemas do "Evangelho segundo Jesus Cristo" para ser publicado em Portugal, acho que vai ser o candidato eleito para a minha próxima leitura do grande autor alentejano.

    Já agora, gostei imenso da entrevista. Obrigado!

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  6. Olá, peço desculpas porque nunca li nada sobre Saramago, embora desfrutei da informaçao dele neste curso(gostaram-me muito as suas ideias sobre a globalizaçao e a distribuiçao da riqueza e da pobreza). Aponto na lista de fazer coisas os titulos nomeados pelos colegas. Obrigada novamente.

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  7. Eu ainda nao lí nada sobre ele. Nao sei o motivo mas Saramago lembra-me ao nosso Cela, do quem nao gosto e... pois, já sei que nao é razao mas... Mas, concordo com a Rebeca e, depois de ter visto a entrevista, fico como outra ideia sobre o autor... Tenho de visitar a biblioteca da EOI. Eunate Izaola

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  8. Depois de ver e ouvir duas entrevistas que fez a TV brasileira ao José Saramago, o que mais me impressionou dele foi a enorme humanidade de esta pessoa, ver como ele viveu a sua realidade diária com humildade , apesar de ter um Prémio Nobel e, especialmente, a sua clarividência nas coisas que aconteciam no seu país e no mundo, sobre a sua própria vida e da realidade do mundo durante a sua vida. Realmente um homem excepcional, sem nenhuma dúvida. Descanse em paz.

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  9. Blog Saramago:

    Estes são os livros que li Saramago
     1995 Ensaio sobre a Cegueira (Ensayo sobre la ceguera, una extraña epidemia condena a una ciudad a la ceguera blanca.
     1997 Todos os nomes (Todos los nombres, novela acerca de don José, un kafkiano burócrata que al encontrar en el registro civil la ficha de una mujer, de la que no conoce siquiera la cara, queda perdidamente enamorado, y sale a buscarla).
     2000 A caverna (La Caverna, novela que parte del mito platónico y critica el consumismo).
     2004 Ensaio sobre a lucidez (Ensayo sobre la lucidez, investiga los límites de la democracia).
     2008 A Viagem do Elefante (El viaje del elefante)
     2009 Caim (Caín).

    O meu livro favorito é Ensaio sobre a lucidez.

    Trágico, livro emocionante..un que se move sentimentos de todos os tipos, agarrando do início ao fim. Muito bom livro, amarrado e com uma grande lição para todos.

    Eu acho que é a primeira vez que eu senti tanta angústia , tanto sofrimento a imaginar um mundo que foi lentamente ficando cego !! Foi dramático e ao invés de exaltar como o autor, sem colocar um único nome para um personagem (incrível), sem fisicamente detalhe qualquer grande extensão (mais ou incrível), queda arma da sociedade , a sociedade , todos governos, religiões , pensamentos, porque não há maneira de controlar o que os olhos vêem. A história em quarentena é angustiante, especialmente porque, embora todos foram capazes de cegueira há sempre querendo tirar vantagem do outro. A fim louvável . Estou esperando o pior.



    A cegueira branca se espalha tão explosivo.

    De repente , as pessoas afectadas tornam-se cegos . Sem essa forma de transmissão é conhecido , aqueles que têm algum contato com os doentes estão a ser afectados pela doença misteriosa.

    As autoridades da cidade decidir deter pacientes em um edifício na periferia preparadas para o efeito sob a estrita supervisão do exército impõe seu isolamento absoluto : assim tornar-se " praga" .

    O principal objetivo de Saramago no Ensaio sobre a lucidez foi questionar a democracia, tema que, para ele, parece intangível no mundo atual, como declarou para vários jornais na época do lançamento de seu livro: “no mundo tudo se discute, tudo é objeto de debate, mas a democracia surge como pura, inatingível, intocável", disse o escritor, destacando que "é o poder econômico que realmente governa, usando a democracia a seu favor".

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  10. Tenho de admitir que gosto mais do Saramago pessoa do que do Saramago escritor. A leitura dos seus livros parece-me demasiado complexa, não só pela sua escrita, mas sobretudo pelos temas tratados e pela abordagem que faz dos mesmos. Reconheço que são muito interessantes, mas acho que demasiado complexos. Mas claro, isto é uma visão muito pessoal.
    O Saramago pessoa foi um indivíduo único e irrepetível, que lutou pela defesa dos direitos humanos e que utilizou a sua posição privilegiada para consciencializar dos problemas que assolam o mundo graças à capacidade e a inteligência singulares que tinha para analisar tudo quanto se encontrava em seu redor.
    Para além do escritor, maravilhava-me a pessoa.
    Aconselho vivamente a visita da Fundação Saramago em Lisboa.
    Esther

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  11. No link deixo um artigo sobre Saramago em que se fala sobretudo da sua pessoa.
    https://revistataturana.wordpress.com/2010/06/22/e-agora-jose-como-ficara-o-mundo-sem-voce/

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  12. O Dia do Desassossego celebra o nascimento de José Saramago, com leituras de obras do Nobel da Literatura e de outros autores portugueses, em Lisboa, promovidas pela fundação com o nome do escritor.

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  13. Sobre todo gosto de Saramago porque foi um convencido iberista. Também por a sua obra.

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  14. Saramago é para mim a referência contemporânea filosófica, eu sou um apaixonado com este autor . Eu li dele, eu Ensaio sobre a cegueira e o homem duplicado, trabalhos que eu acho verdadeiras jóias da literatura contemporânea.
    Quero terminar este comentario com uma frase de sua entervista que eu adoro: a proposito da morte, " Mi avô nâo tinha pena de morrer ,mas ela tinha pena de nâo estar para continuar a ver esse mundo que ela achava bonito".
    Fantástico Saramago.

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  15. Uma curiosidade sobre o apelido "Saramago":
    O seu pai chamava-se José de Sousa e José de Sousa teria sido também o seu nome se o funcionário do Registo Civil, por sua própria iniciativa, não lhe tivesse acrescentado a alcunha por que a família de seu pai era conhecida na aldeia: Saramago(cabe esclarecer que saramago é uma planta herbácea espontânea, cujas folhas, naqueles tempos, em épocas de carência, serviam como alimento na cozinha dos pobres). Só aos sete anos, quando ele teve de apresentar na escola primária um documento de identificação, é que se veio a saber que o seu nome completo era José de Sousa Saramago.

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  16. Queridos colegas:
    Recomendo-lhes o livro de Saramgo "a maior flor do mundo".
    É um livro para crianças, publicado originalmente em 2001, termina com uma questão: se as histórias para crianças fossem de leitura obrigatória para os adultos, seriam eles capazes de aprender realmente o que há tanto tempo têm andado a ensinar?
    Em A maior flor do mundo, Saramago estabelece um imaginativo jogo com o leitor, transformando-se em personagem. Começa assim: «As histórias para crianças devem ser escritas com palavras muito simples, porque as crianças sendo pequenas, sabem poucas palavras e não gostam de usá-las complicadas. Quem me dera saber escrever essas histórias, mas nunca fui capaz de aprender, e tenho pena.»

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  17. Queridos colegas:
    Recomendo-lhes o livro de Saramgo "a maior flor do mundo".
    É um livro para crianças, publicado originalmente em 2001, termina com uma questão: se as histórias para crianças fossem de leitura obrigatória para os adultos, seriam eles capazes de aprender realmente o que há tanto tempo têm andado a ensinar?
    Em A maior flor do mundo, Saramago estabelece um imaginativo jogo com o leitor, transformando-se em personagem. Começa assim: «As histórias para crianças devem ser escritas com palavras muito simples, porque as crianças sendo pequenas, sabem poucas palavras e não gostam de usá-las complicadas. Quem me dera saber escrever essas histórias, mas nunca fui capaz de aprender, e tenho pena.»

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  18. Falar de Pessoa é falar do significado etmológico do conceito de personalidade, ou seja, é
    falar do múltiplo que existe em cada um de nós, de todas aquelas máscaras que vestimos para
    suportar a opressão social, a angústia existencial do viver com o outro, as regras sociais hipócritas e
    até mesmo com o outro desconhecido de mim mesmo e que me habita tão intimamente.

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    1. Uffff... que profundo! Acho que está muito bem explicado! O certo é que F. Pessoa soube desenvolver esse lado múltiplo que todos temos e repreendemos... Ótima reflexao!

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  19. Eu li o livro o "Ensaio sobre a Cegueira" e vi o filme e gostei muito. Recomendo os vivamente
    Dolores

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    1. Amei o livro e acho que o filme está bastante bem conseguido!

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  20. Eu não li nenhum livro de Saramago e não será porque não tenha livros deste escritor. O meu marido gosta dele e tem vários. Para o remediar vou tentar ler neste Natal "A caverna" porque o meu marido fala muito bem deste livro e presentear-lho-ei escrito em português. Um bom presente e uma boa maneira de aprender português, não é?

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    1. Excelente prenda para praticar o português! esse livro não li mas gostei muito de Todos os Nomes, e do Ensaio sobre a Cegueira, entre outros...

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  21. Ao começar a estudar Português alguém me deu o livro da “Jangada de Pedra”, talvez não era o mais adequado e tinha de procurar muitíssimas palavra no dicionário, mas a história parecia tão original que eu não conseguia parar de ler
    Agora que eu descobri que há um filme acho que tenho algo para fazer neste feriado.

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    1. OLá María! Esse livro não li mas o filme dizem que é um pouco lento... mas pode ser interessante, sem dúvida! Diz-nos algo depois para saber se vale a pena ver o filme!

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  22. Curiosamente eu li “Jangada de Pedra” e gostei muito da idea de uma escapadela ibérica... mas reconheço que nao é fácil ler os diálogos incorporados à narrativa...

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  23. Algumas das frases que mais gostei durante a vida de Saramago são:
    "A derrota tem algo de positivo: nunca é definitivo, enquanto a vitória tem algo negativo: nunca é definitivo".
    E sem dúvida:
    "Todo mundo me diz que tenho que me exercitar, que é bom para minha saúde, mas nunca ouvi ninguém dizer a um atleta: você precisa ler."

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  24. Depois de ver a entrevista, penso que é um homem extraordinário.
    Tenho muita curiosidade de ler alguns de seus livros. Há alguns anos, eu estive a ler "Ensaio sobre a cegueira", mas não foi capaz de termina-lo. Gostei realmente da ideia de que todos nos éramos cegos, mas acabei me perdendo.
    Estou impressionado com a enorme humanidade e humildade desta pessoa.

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  25. Este comentário foi removido pelo autor.

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  26. Tenho lido o livro ensaio sobre a cegueira e embora seja muito fácil de ler não gostei muito dele. Mas pórem gostei muito de a entrevista e ancho que é una pessoa tão interesante que seguro que tento ler outro livro.
    Penelope Díaz

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  27. Uma curiosidade,

    Você sabe qual foi o primeiro livro que Saramago teve?
    Foi um presente da sua mãe, um romance de Émile de Richebourg, intitulado Toutinegra do Moinho

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  28. Eu não tenho lido sobre Saramago mas depois de ver a entrevista, acho que foi uma pessoa fantástica. É possivel que no verão leia algum de seus livros, aquilos que estão a recomendar :)
    Obrigada pela informação.

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  29. NEREA MORENO:
    Todo mundo que lê Saramago está preso em sua literatura. Eles estão sempre recomendando que você leia para este escritor, eu acho que você deve começar!

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  30. A obra de José Saramago foi caracterizado por interrogar a história do seu país e as motivações humanas. Encontrar as chaves pelo qual um império foi relegado para segundo plano o resto da Europa e compreender as ações do homem eram suas principais preocupações. Mas apesar de sua romanesca tem como espinha dorsal a realidade de Portugal e da sua história, ainda não é uma narrativa histórica, mas histórias onde a história se mistura com a ficção eo que poderia ter sido, sempre através de ironia e serviço de uma consciência social aguda.

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  31. No "Evangelho segundo Jesus Cristo", apesar do que José Saramago tem uma visão moderna e crítica da religião,
    recontando a história biblica sobre a vida de Jesus Cristo, o retoma de outra maneira no livro "O conto da Ilha Desconhecida", que se assemelha às parábolas contadas por o mesmo.

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  32. Saramago é um dos meus escritores favoritos. Assim como aconteceu com a Pilar, sua mulher, ao lêr o Memorial do covento, achei estar a lêr uma obra clássica da literatura. O Prémio Nobel e outros muitos confirmam a sua importância universal.

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